A performer Meujaela teve contato com esse ser durante um ritual da dança butoh na Praia do Machadinho-Colares, lugar que os moradores mais relatam casos de contato com seres interdimenssionais, esse ritual foi feito a beira do Baia do Maarajó, durante a maré seca uma grande faixa de lama se estende, lama com profundidade até a coxa. Com 81% de humidade do ar, na beira de uma floresta de arvores imensas, verdadeiras entidades transpiradoras, o rio se transforma em mar e some no horizonte, sem terra a vista, aqui o céu parece cair, acreditam que o céu carregava uma floresta nas costas, como conta o xamã Yanomami Davi Kopenawa. É de supor que cada céu que cai, e cada floresta, põe em movimento um processo de sedimentação, metamorfoseando algumas entidades e enterrando outras-transformando-as em espíritos? Talvez em espíritos do pretróleo ou do carvão, o que não estaria longe da explicação geológica desses materiais; A performer com uma roupa quente, que causa hiperidrose, experimenta exercícios de giro e exaustão nos espelhos d’agua formados pela maré baixa, e acessando o buraco de minhoca existente nesse lugar se conecta com um ser interdimenssional que vem ao planeta terra em busca de um rabo. Explorando lugares naturais do brasil, culturas e povos locais. Fadado ao fracasso tenta se inserir e repetir as formas de vida humana desses locais. Um ser em tilt, buscando um padrão de vida para se readaptar.